quarta-feira, 30 de março de 2011

Aeroporto de Guarulhos:

História do Aeroporto de Guarulhos

Pista do Aeroporto de Guarulhos
A história do aeroporto de São Paulo, como era chamado na época, remete a 1947, quando o Aeroporto de Congonhas registrou um imenso movimento para sua capacidade operacional de passageiros e carga. Por isso, o então secretário de Viação e Obras Públicas do estado nomeou em 1951 uma comissão para levantar as possíveis áreas capazes de receber um aeroporto. Foram identificadas e catalogadas 23 e a escolha recaiu sobre o antigo distrito de Santo Ângelo na cidade de Mogi das Cruzes, mas nada de fato foi realizado.
A partir da década de 1960, políticas voltadas à industrialização do país forçavam o processo de criação de uma infra-estrutura aeroportuária que motivasse a fundação de empresas nacionais e multinacionais, condições imprescindíveis ao desenvolvimento econômico no período.
O surgimento de aviões de grande porte exigiu pistas maiores, motivando várias reformas no antigo Campo de Aviação de Viracopos, em Campinas, transformando-o em 1960 no Aeroporto Internacional de Viracopos/Campinas com 3240 metros de pista. As pistas de Congonhas ficaram limitadas, capazes apenas de receber vôos domésticos e alguns poucos internacionais procedentes da América do Sul.
Diante das demandas do crescimento nacional, o Ministério da Aeronáutica promove a criação da Comissão Coordenadora do Projeto Aeroporto Internacional (CCPAI), presidida pelo tenente-brigadeiro e futuro ministro da Aeronáutica Araripe Macedo. O comitê foi designado para arquitetar as diretrizes de implantação de uma nova infra-estrutura aeroportuária, pois a aviação comercial a jato impunha transformações que não poderiam ser resolvidas com simples ajustes. A CCPAI confiou os estudos à empresa brasileira Hidroservice, consorciada às canadenses Acres e Parkin. Entre as diversas conclusões deste estudo, destacou-se que o Rio de Janeiro teria um potencial de tráfego de passageiros maior que São Paulo, devido à metrópole oferecer melhores condições econômicas de operação das aeronaves. Na época, as duas cidades sozinhas concentravam 55% do tráfego aéreo doméstico e 90% do tráfego internacional do país. Mediante os fatos, era importante a construção de dois aeroportos internacionais nas duas cidades e o Rio de Janeiro sediaria o principal complexo aeroportuário internacional do país.
Dos locais analisados, a Base Aérea do Galeão no Rio de Janeiro e a Base Aérea de São Paulo eram os que ofereciam maiores benefícios, pois naquele período para o Governo Militar era conveniente aliar os interesses da aviação comercial e militar. O novo Aeroporto de São Paulo/Guarulhos deveria ser, portanto, implantado o mais quanto antes, visando possibilitar o desenvolvimento econômico-operacional do principal aeroporto internacional do Brasil.
Embora o estudo reconhecesse que o aeroporto de Campinas possuía melhores condições meteorológicas e topográficas, foi considerada a distância de 95 km de São Paulo, (uma séria restrição ao conforto dos usuários) e a crise do petróleo na época. Ainda foram realizados estudos de viabilidade para a construção de uma ferrovia para trens de alta velocidade. No entanto o investimento se provou inexeqüível na época, pois não haveria densidade de tráfego suficiente para justificá-lo. Esta perspectiva hoje foi revista e o projeto do Expresso Bandeirantes está em andamento. As obras para construção do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro iniciaram-se após aprovação do estudo feito pela comissão e inaugurado em 20 de janeiro de 1977. Ao contrário do que ocorreu no Rio de Janeiro, em São Paulo o Ministério da Aeronáutica avaliou ser essencial envolver o Governo do Estado. Em quatro de maio de 1976 o então governador Paulo Egídio Martins firmou um acordo no qual constava que em todas as etapas de instauração do novo aeroporto - da escolha do lugar à construção - o estado de São Paulo seria responsável. Também ficou acordado que as obras seriam financiadas pelo Ministério da Aeronáutica (55%) e Governo do Estado de São Paulo (45%). Mas desde a escolha do local onde seria erguido o aeroporto, o assunto mostrou-se polêmico.
Campinas estava certa para abrigar o aeroporto, mas o governador decidiu que era preciso reexaminar a escolha, pois ele pensava que a região estava urbanizada demais. Novos estudos e levantamentos executados indicavam que a cidade de Ibiúna abrigava as condições ideais. Em 15 de setembro de 1975, Paulo Egídio assina um decreto declarando de utilidade pública para fins de desapropriação cerca de 60 quilômetros quadrados de áreas de terra em Ibiúna. Contudo uma série de disputas envolvendo a escolha da região iniciou-se, e só foi amenizada em março de 1977, quando Paulo Egídio decretou que uma nova área de 60 quilômetros quadrados, situada em Caucaia do Alto, distrito da cidade de Cotia sediaria o aeroporto. Isso foi o estopim para que protestos iniciassem. A Reserva Florestal do Morro Grande, um dos últimos vestígios da Mata Atlântica, seria parcialmente desmatada. Surgiu a Comissão de Defesa do Patrimônio da Comunidade, reunindo quase setenta entidades preocupadas com o meio ambiente. O governo prometeu reflorestar a região, argumentou os benefícios do novo terminal, levantou fundos para a obra, mas ela não saiu do papel.
O Governo Federal defendia a opção por Guarulhos porque pesava o fato de o Ministério da Aeronáutica ter doado 10 quilômetros quadrados de terras pertencentes à Base Aérea de São Paulo para construção do complexo aeroportuário. A escolha de qualquer outro lugar acarretaria grandes custos com desapropriações, colocando em risco a viabilidade do projeto.
Por outro lado, outra corrente defendia que era inviável a construção do aeroporto no sítio de Cumbica, devido às constantes cerrações na região que já afetavam as operações da Base Aérea. A neblina ocorre devido à proximidade da Serra da Cantareira e de várias áreas alagadas pelo rio Baquirivu-Guaçu.
A decisão de construir o novo aeroporto foi tomada na gestão do presidente Ernesto Geisel, mas a elaboração do projeto ficou para o próximo governo. O presidente seguinte, João Figueiredo, manteve o ministro da Aeronáutica, brigadeiro Délio Jardim de Matos, e colocou-o a frente da administração da obra.
Paulo Maluf, então governador do estado de São Paulo, iniciou uma série de discussões com o ministro da Aeronáutica e o presidente Figueiredo, nas quais defendeu que São Paulo não teria condições financeiras de arcar com sua parte no projeto. O acordo que tinha sido firmado em 1976, não pode ser cumprido e a Aeronáutica arcou com 92% dos recursos e o estado com o restante do investimento.
Na época, o prefeito de Guarulhos, Néfi Tales, reivindicou ao ministro da Aeronáutica um plebiscito entre os moradores da cidade. Os guarulhenses não queriam o novo Aeroporto Metropolitano na cidade, mas nada mais podia ser feito. De 23 de setembro de 1974 a 15 de dezembro de 1982, cinco decretos estaduais desapropriaram várias áreas para construção do aeroporto. Em 28 de janeiro de 1983 outro decreto autorizou a desapropriação de pouco mais de 44 mil metros quadrados em Nova Bonsucesso, em Guarulhos, para instalação de equipamentos de rádio navegação para a pista 27. Em sete de outubro do mesmo ano, outro decreto autorizou a desapropriação de pouco mais de dois mil metros quadrados para a instalação de equipamentos de rádio navegação para pista 09 na Vila Izabel na capital de São Paulo.
Em maio de 1979, o Ministério da Aeronáutica criou a Comissão Coordenadora do Projeto Sistema Aeroportuário da Área Terminal de São Paulo (COPASP). Além de organizar o planejamento do novo aeroporto e concretizar sua construção, esta comissão tinha a finalidade de estudar, projetar e construir um sistema aeroportuário que envolvesse toda Grande São Paulo, constituído pelos aeroportos de Congonhas, Viracopos, Campo de Marte e Santos.
O Plano Diretor do Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos foi elaborado pela IESA (Internacional de Engenharia S/A) entre agosto de 1980 e janeiro de 1981 e foi aprovado em 1983. O projeto foi idealizado para que o aeroporto pudesse receber a demanda de vôos domésticos da Grande São Paulo, com exceção da Ponte Aérea Rio – São Paulo; vôos internacionais procedentes da América do Sul; e servir de alternativa ao Aeroporto de Viracopos.
Para receber a demanda prevista até o ano 1998, o aeroporto deveria ter pelo menos duas pistas paralelas e independentes, com distância mínima de 1310 metros entre elas, permitindo funcionarem ao mesmo tempo, e um terminal de passageiros situado entre essas pistas. Mas devido às peculiaridades do terreno e pelas dificuldades de uma futura ampliação, por causa da necessidade de desapropriações em áreas povoadas, a alternativa escolhida combinava duas pistas paralelas e dependentes, ou seja, não poderiam operar simultaneamente, distanciadas 375 metros entre si, com 3000 metros e 3500 metros de comprimento, e outra pista de 2025 m situada a norte das pistas, a 1375 metros da pista mais próxima. Esta configuração permitia consumir toda a capacidade da área disponível, sem interferir com o funcionamento da Base Aérea de São Paulo.
As duas pistas mais longas seriam suficientes para atender a demanda até 1998, deixando a terceira pista como uma opção quando o movimento começasse a se aproximar do limite da capacidade das duas primeiras pistas. Em função de seu afastamento, a terceira pista apresentaria seria totalmente independente em das demais, possibilitando um aumento da capacidade anual de operação do aeroporto para 450 mil pousos e decolagens.
A proposta final consistia em quatro terminais de passageiros. Segundo o Plano Diretor, na etapa inicial de construção, apenas dois terminais de passageiros seriam construídos (TPS1 e TPS2), um para atender apenas aos vôos domésticos e outro, concomitantemente, aos vôos domésticos e internacionais. No ano de 1998, quando os quatro terminais estivessem edificados, dois terminais e meio atenderiam aos vôos domésticos e um e meio aos internacionais, ficando claro que o aeroporto focalizaria a demanda de vôos domésticos.
Mas diante do aumento do movimento de passageiros e aeronaves acima do previsto, um novo plano diretor foi desenvolvido pela empresa Engevix Engenharia. O novo projeto dimensionou os novos terminais três e quatro de maneira que eles pudessem movimentar doze milhões de passageiros cada.

Curiosidades sobre minha Cidade Guarulhos

Em quatro de fevereiro de 1915, o Ramal Guapira-Guarulhos, chegava a cidade, com prolongamento previsto para Bom Sucesso e Tomé Gonçalves. Em 1916 projetava-se o seu prolongamento até Santa Isabel.
A ferrovia foi construída para transportar materiais para construção da Represa Cabuçu e maquinaria para seu funcionamento, devido à necessidade de abastecimento de água potável.
O trem passou a transportar passageiros que se dirigiam à capital para seus estudos secundário ou superior, tratamento médico ou em busca de lazer.
Foram cinco as estações em território guarulhense: Vila Galvão, Torres Tibagy, Gopoúva, Vila Augusta e Guarulhos, além do prolongamento até a Base Aérea.
Com a chegada da primeira linha de “auto-bonds”, para o transporte de passageiros até a Penha, enfraqueceu o número de usuários do trenzinho e suas atividades foram encerradas. Em 31 de maio de 1965, saiu a última composição rumo a Guarulhos às 20h30.
A música “Trem das onze” de Adoniran Barbosa, interpretada pelo grupo Demônios da Garoa foi feita em homenagem ao Trenzinho da Cantareira.

Você sabia que...

Guarulhos já foi cenário de cinema

Em 1952, um grupo de artistas e empresários que fundou a Companhia Cinematográfica Vera Cruz, depois da 2° guerra Mundial. Trouxeram duas filmadoras Mitchell, dos Estados Unidos, cujo gravador era RCA, de alta fidelidade – um equipamento de última geração, somente utilizado nos grandes estúdios de Hollywood.
O quarto filme da companhia, com orçamento milionário, Sinhá Moça, foi pesquisado e teve cenas externas realizadas em Guarulhos, a cidade foi escolhida porque tinha requisitos como uma casa de fazenda com pilar e ferragem para escravos, no local onde está hoje a prefeitura (Bom Clima). Cenas como a do escravo fugitivo que se escondia no mato aconteceram onde hoje passa a Avenida Renato Maia. Uma corrida de charretes foi na Avenida Salgado Filho (altura do atual Habib’s). A Guarda Imperial atravessando uma ponte debaixo da qual um escravo se escondia foi no Bairro do Pimentas e outro escravo fugindo pela estrada de ferro foi em frente à Pfizer (no ramal Guarulhos-Base Aérea, da Cantareira).
No filme, foi colocada uma placa na estação de trem com o nome Araruna no lugar de Guarulhos e utilizados muitos figurantes guarulhenses. A atriz Ruth de Souza fez uma cena dramática nos degraus da Igreja Matriz, degraus de mármore de Carrara numa igreja ainda de taipa. Tudo autêntico, como na época em que se passava a história. Artistas como Eliane Lage e Anselmo Duarte passearam pela Rua Dom Pedro II e fizeram compras na Casa Poli. Quase a metade do filme foi feita em Guarulhos.
Você sabia que...
O Bairro Penha da cidade de São Paulo já pertenceu a Guarulhos
Aos 24 dias de março de 1880, Guarulhos se desligou de São Paulo, à cidade foram incorporados os territórios da Penha de França, hoje apenas Penha e da freguesia de Juqueri, atualmente Mairiporã. Entre 1886 a 1889, Guarulhos sofreu a perda da Penha de França que retornou a administração da Capital, e Juqueri transformou-se em Vila.
Você sabia que...
O primeiro prefeito eleito da cidade foi Rinaldo Poli, aos 15 dias de novembro de 1953, tendo como vice o comerciante João Marques Luís. Até essa data o prefeito era nomeado pelo governo de Estado devido Guarulhos sediar a Base Aérea de São Paulo, em Cumbica.
Você sabia que...
A comunidade de Guarulhos e o Rotary Clube (fundado na cidade em 19/03/1954) colaboraram para que o prefeito, Mário Antonelli, pudesse instalar o Corpo de Bombeiros no município. O que aconteceu aos 24 dias de março de 1963, na Av. Monteiro Lobato.
Você sabia que...
A primeira Auto-Escola da cidade foi aberta pelo contador José Ribamar Matos da Silva, em 1950. Com dois carros Chevrolet ano 1929 que, por terem teto de lona, eram chamados de ximbica. Massami Kishi, fotógrafo, foi um dos primeiros a fazer teste em frente à igreja Matriz. O rumo do carro era indicado com o braço (não havia seta) e o veículo só tinha freio traseiro de mecânica. Massami foi o primeiro aprovado no exame de volante e recebeu a carta da habilitação modelo E.
Você sabia que...
O primeiro Hospital de Guarulhos foi a Santa Casa de Misericórdia, inaugurado em 23 de março de 1951. A primeira ambulância foi doada por um banqueiro, residente da Penha. Ela foi conduzida até a cidade de Guarulhos pelo próprio Dr. Nicolau Falci, o médico que esteve a frente para concretizar a realização do Hospital.

Onde vivo:

GUARULHOS HOJE
Com um crescimento médio de 4,31 % ao ano verificado entre 1991 e 1996, Guarulhos já é a segunda maior cidade em número de habitantes no Estado de São Paulo, superando Campinas. Passou de 786.355, em 91, para 972.766 moradores, segundo informações do IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Enquanto isso, o Estado cresceu apenas 1,5% ao ano nesse período.
As principais causas desse crescimento populacional se devem às migrações de moradores da capital para as cidades vizinhas em busca de um custo de vida menor. A inauguração da Dutra, em 1952, e as leis de incentivo fiscal, a partir de 1928 - que isentavam as indústrias que se mudassem para Guarulhos de pagar impostos por 15 anos - revigoradas em 1948, impulsionaram a vinda de empresas para a região, dando origem ao Pólo Industrial (hoje com perto de 2 mil empresas) e contribuindo para transformar Guarulhos na segunda maior cidade paulista.
Na verdade, as grandes capitais brasileiras e os municípios de porte metropolitano esgotaram sua capacidade de crescimento e estão transbordando para a periferia. Das 50 maiores cidades do País, 20 são capitais e 16 estão nas áreas periféricas dessas capitais. Em São Paulo, por exemplo, das 25 maiores cidades, 10 estão na região metropolitana. No caso de Guarulhos, o município é o 13º do País em número de habitantes e a primeira não-capital do ranking das 100 maiores cidades.
Com 341 quilômetros quadrados de área, Guarulhos possui aproximadamente 55% de seu território urbanizado e o restante rural, sendo a maior parte defendida e protegida pela Legislação Estadual de Proteção aos Mananciais. Podem ser citados como bairros mais populosos do município: Cumbica, Picanço, Pimentas, Vila Galvão, Taboão, Itapegica, Bonsucesso, Gopoúva e Vila Augusta.

Cidade onde moro:

HISTÓRIA DE GUARULHOS
Embora Guarulhos deva à garimpagem as origens de seu rápido desenvolvimento, não foi a busca do ouro a mais forte determinante de sua colonização. Realmente, esta se vincula a história da capital paulista. Foram os padres da Companhia de Jesus quem, sentindo a necessidade de preservar o Colégio Piratininga das frequentes investidas dos Tamoios, aliados dos franceses, estabeleceram em volta do núcleo original doze aldeamentos de índios amigos. Um deles era o núcleo dos índios Guarus - que dominavam a margem direita do Tietê e pertenciam à família dos Guaianazes - e que mais tarde seria Guarulhos.
O PORQUE DO NOME
Para Teodoro Sampaio (O Tupi na Geografia Nacional) Guaru significa o indivíduo que come, o comedor, em alusão ao formato do peixe desse nome, cuja parte ventral é proeminente. Então, para Teodoro Sampaio, os índios guarus tinham esse nome por serem barrigudos. Não diz o escritor onde obteve o informe de que os guarus se notabilizaram por esse aspecto físico. Talvez fosse mera inferência daquele autor, mas o fato é que até hoje a imagem que ficou dos primitivos habitantes de Guarulhos é que tivessem tal característica morfológica, seja isso verdade ou não. Em contato com a língua do colonizador a palavra guaru foi aos poucos se alterando até resultar em Guarulhos.
FUNDAÇÃO
A fundação de Guarulhos ocorreu a 8 de dezembro de 1.560 e por ser esse o dia consagrado a Nossa Senhora da Conceição, o novo núcleo indígena passou a ser conhecido por Nossa Senhora da Conceição dos Guarus. Do local exato da primeira capela erigida em homenagem à Imaculada Conceição não se guarda registro. Antigas tradições, porém, apontam esse lugar como sendo onde hoje a rua Silvestre Vasconcelos Calmon encontra a avenida Guarulhos.
Ressalta-se que pelo desencontro de datas referentes aos assentamentos, alguns historiadores atribuem a fundação desse aldeamento a outros religiosos como Padre João Álvares, João de Almeida e Manuel Viegas. Porém, através das pesquisas dos historiadores Adolfo de Vasconcelos Noronha e João Ranali, a fundação cabe ao Padre Jesuita Manuel de Paiva (Gazeta de Guarulhos, 05/03/1966). Em torno de uma capela construída pelo jesuíta surgiu o primeiro núcleo de povoação, sendo que o município de Guarulhos só veio a ser criado pela Lei Provincial nº 34 de 24 de março de 1880. Já sua transformação em Comarca se deu em 3 de dezembro de 1953, através da Lei Estadual nº 2.456.

CRESCIMENTO
Seu crescimento inicial deu-se economicamente em função da mineração de ouro. Convém observar que as minas foram descobertas em 1590 por Afonso Sardinha, na atual região do Bairro dos Lavras, cujas antigas denominações eram Serra de Jaguamimbaba, Mantiqueira e Lavras-Velhas-do-Geraldo. Segundo referências históricas disponíveis concluímos que a atividade aurífera passou por momentos de exploração descontínuos chegando até meados do século XVIII.
De acordo com historiadores de Guarulhos, aquelas Lavras-Velhas-do-Geraldo hoje podem ser vistas na margem direita da estrada que se dirige de Cumbica para Nazaré. A parte mais lavrada do terreno acha-se no ângulo formado pela estrada que ali se bifurca, um ramo em direção a Nazaré, e outro para Bonsucesso. Houve pelo menos seis lavras em território guarulhense que se localizam em pontos diferentes de uma vasta área, compreendendo algumas dezenas de quilômetros quadrados, onde se acham os bairros de Lavras, Catas Velhas, Monjolo de Ferro (esta deve ter sido a chamada Lavras-Velhas-do-Geraldo), Campo dos Ouros, Bananal e Tanque Grande.
Entre os séculos XVII e XVIII verificam-se momentos de grande interesse por Guarulhos, haja visto a quantidade de número de ordens estabelecendo as sesmarias (responsáveis pela ocupação e assentamentos na época do Brasil Colônia) expedidas para a região. Os sesmeiros se dedicavam à agricultura e à mineração e, como atividade de apoio, criavam gado vacum e cavalar. Os engenhos de açúcar que se iniciam nos anos seiscentistas estendem-se até o início do século XX, com a produção de álcool e aguardente. A mão-de-obra para o trabalho na mineração e na agricultura contou efetivamente com os índios e negros em regime de semi-escravidão, que existiu até meados do século passado.
Em 1915, é efetivada a implantação do sistema ferroviário, com a inauguração do Ramal Guapyra - Guarulhos, o trem da Cantareira (Estrada de Ferro Sorocabana). Cinco foram as estações em território guarulhense: Vila Galvão, Torres Tibagy, Gopoúva, Vila Augusta e Guarulhos, além do prolongamento até a Base Aérea, que se constituiu em fator preponderante para sua instalação. O início do século XX será marcado também pela chegada da energia elétrica, dos pedidos para instalação de rede telefônica, licenças para a implantação de indústrias de atividades comerciais e do serviço de transporte de passageiros.
Registra-se ainda uma preocupação com o desmatamento, poluição das águas, caça de pássaros, implantação de esgoto, abastecimento de água potável e a implantação de leis estipulando a construção de muros, proibindo cercas de arame nas ruas em que a Câmara definia para regularizar e assentar guias. Os anos 30 são marcados pelos atos de Intervenção Federal, Constituição da Junta Governativa de Guarulhos e pelo Movimento Constitucionalista, reflexos da Revolução de 30 - fim da República.
Na década de 40 chegam ao município indústrias do setor elétrico, metalúrgico, plástico, alimentício, borracha, calçados, peças automotivas, relógios e couros. Vários são os planos de loteamento e arruamento aprovados pela Câmara no decorrer dessa década, bem como abre-se concorrência para calçamento e asfalto de várias ruas da cidade, o setor de obras da Prefeitura adquire máquinas, amplia-se o Paço Municipal e a iluminação das vias públicas.
O progresso iniciado nos anos 40 se estende até as próximas décadas, notando-se sempre a articulação e a vinculação do município à cidade de São Paulo, gerando assim sistemas de vida dependentes. Inicialmente, a relação se exerceu através da atual avenida Guarulhos, que representava o pólo de atração populacional, surgindo os bairros ao longo dessa ligação.
Além disso, com a inauguração da Via Dutra, em 1.952, ligando os dois pólos de desenvolvimento cultural e populacional mais importantes da Nação - de um lado São Paulo, no momento histórico de aceleração industrial, e de outro lado, o Rio de Janeiro, ainda Capital Federal e centro de decisões políticas e econômicas -, Guarulhos teve então o impulso necessário para o seu desenvolvimento. Entre os imigrantes existentes no município destacam-se os portugueses, japoneses, espanhóis, italianos, alemães e libaneses. Dentre os migrantes estão os provenientes dos estados de Pernambuco, Minas Gerais e Bahia.

França um sonho: um dia irei conhecer pessoalmente


Economia

79% da matriz energética da França vem da energia nuclear, a maior porcentagem do mundo.[31]
Um membro G8, grupo líder dos principais países industrializados, o país é classificado como a quinta maior economia do mundo e segunda maior da Europa é por PIBnominal;[32] com 39 das 500 maiores empresas do mundo em 2010, a França ocupa o quarto lugar no mundo e o primeiro naEuropa na lista Fortune Global 500, à frente da Alemanha e doReino Unido. A França se juntou aos onze outros membros daUnião Europeia para criar o euro em 1 de Janeiro de 1999, substituindo completamente o franco francês (₣) no início de2002.[33]
A França tem uma economia mista que combina a iniciativa privada extensa (cerca de 2,5 milhões de empresas registradas)[34][35] com substanciais (embora em declínio[36]) empresas estatais e intervenção do governo. O governo mantém considerável influência sobre segmentos-chave dos setores de infra-estrutura, com participação majoritária em estradas de ferro,eletricidadeaviõesusinas nucleares e telecomunicações.[36] O país vem relaxando gradualmente o controle sobre estes sectores desde o início dos anos 1990.[36] O governo está lentamente corporatizando o setor estatal e vendendo participações na France TélécomAir France, assim como ações, seguros e indústrias de defesa.[36] A França tem uma importante indústria aeroespacial liderada pelo consórcio europeu Airbus e tem o seu próprio espaçoporto nacional, o Centro Espacial de Kourou.
Airbus A380 o maior avião comercial do mundo, produzido pela empresa francesaAirbus.
Segundo a OMC, em 2009 a França foi 6º maior exportadordo mundo e o 4º maior importador de produtos manufaturados.[37] Em 2008, a França foi o terceiro maior destinatário de investimentos estrangeiros diretos nos países da OCDE em 117,9 bilhões dólares, atrás deLuxemburgo (onde o investimento estrangeiro direto foi de transferências essencialmente monetárias aos bancos localizados no país) e dos Estados Unidos (316.100 milhões dólares), mas acima do Reino Unido (96,9 bilhões dólares), Alemanha (US $ 24,9 bilhões) e Japão ($ 24,4 bilhões).[38][39] No mesmo ano, as empresas francesas investiram 220.000 milhões de dólares fora da França, classificando a França como o segundo mais importante investidor externo direto no âmbito da OCDE, atrás dos Estados Unidos (311,8 bilhões de dólares) e à frente do Reino Unido (111,4 bilhões de dólares), Japão (128 bilhões de dólares) e Alemanha (156,5 bilhões de dólares).[38][39]
A França é o menor emissor de dióxido de carbono entre os sete países mais industrializados do mundo, devido ao seu forte investimento em energia nuclear.[40] Como resultado de grandes investimentos em tecnologia nuclear, a maior parte da eletricidade produzida no país é gerada por 59usinas nucleares (78% em 2006,[41] a partir de apenas 8% em 1973, 24% em 1980, e 75% em 1990).

Educação

Em 1802Napoleão Bonaparte criou o lycée.[43] No entanto, é Jules Ferry que é considerado o pai da moderna escola francesa, que é gratuita, laica e obrigatória até aos 13 anos de idade desde 1882[44] (escola comparecimento na França agora é obrigatório até a idade de 16 anos[45]).
Atualmente, o sistema de ensino na França é centralizado e é composto de três fases, o ensino primáriosecundárioensino superior. O Programa Internacional de Avaliação de Alunos, coordenado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), classifica a educação da França como a 25ª melhor do mundo, não sendo nem significativamente superior nem inferior à média da OCDE.[46] A educação primária e secundária são predominantemente públicas, administradas pelo Ministério da Educação Nacional.
O sistema educacional francês é subdividido em cinco diferentes níveis:
  1. École Maternelle (pré-escola, de 2 a 5 anos);
  2. École Primaire ou Élementaire (4 primeiros anos do ensino fundamental, de 6 a 10 anos);
  3. Collège (4 últimos anos do ensino fundamental, entre 11 e 15 anos);
  4. Lycée (Ensino médio, entre 16 e 18 anos)
  5. Université (Universidade).

Transportes

A rede ferroviária da França, que se estende por 31.840 quilômetros, é a mais extenso da Europa Ocidental. É operada pela SNCF, e os trens de alta velocidade incluem o ThalysEurostar e TGV, que viaja a 320 km/h em uso comercial. O Eurostar, juntamente com o Serviço de Tranferência do Eurotúnel, conecta-se com o Reino Unidoatravés do Túnel da Mancha. As ligações ferroviárias estendem-se para todos os outros países vizinhos naEuropa, com exceção de Andorra. Ligações intra-urbanas também são bem desenvolvidas, com os serviços de metrôbondes complementando os serviços de ônibus.
Há aproximadamente 893.300 quilômetros de rodovias utilizáveis na França. A região de Paris está envolvida com uma rede densa de estradas e rodovias que a ligam com praticamente todas as partes do país. Estradas francesas também lidam com um importante tráfego internacional, conectando-se com cidades da vizinha BélgicaEspanhaAndorraMônacoSuíçaAlemanha e Itália. Não há taxa de matrícula anual ou estrada fiscal, entretanto, o uso da auto-estrada é através de pedágios, exceto nas imediações dos municípios de grandes dimensões. O mercado de carros novos é dominado por marcas domésticas como a Renault (27% dos carros vendidos na França, em 2003), Peugeot (20,1%) e Citroën (13,5%).[47] Mais de 70% dos carros novos vendidos em 2004, tinham motores a diesel, muito mais do que continha gasolina ou a GPL.[48] A França também possui a ponte mais alta estrada do mundo: o Viaduto de Millau, e construiu muitas pontes importantes, como a Pont de Normandie.
Há cerca de 478 aeroportos em França, incluindo campos de pouso. O Aeroporto de Paris-Charles de Gaulle, situado nos arredores de Paris, é o maior e mais movimentado aeroporto do país, e manipula grande maioria do tráfego popular e comercial do país e liga Paris com praticamente todas as grandescidades em todo o mundo. A Air France é a companhia aérea nacional, apesar de numerosas companhias aéreas privadas que fornecem serviços de viagens domésticas e internacionais. Há dez principais portos na França, a maior das quais é, em Marselha, que também é a maior fronteira com oMar Mediterrâneo. 14.932 quilômetros de canais atravessam a França, incluindo o Canal do Meio-dia, que liga o Mar Mediterrâneo ao Oceano Atlântico através do rio Garonne.